Prepare seu copo e entenda por que as guerras comerciais entre bebidas são puro entretenimento corporativo.
Quem disse que guerra é coisa de exército? No mundo do marketing, as batalhas mais sangrentas acontecem com jingles, slogans e contratos milionários.
É o campo onde CEOs viram generais e influenciadores são as novas armas de destruição em massa.
Enquanto uns atacam com campanhas ousadas, outros contra-atacam com rebranding e memes — tudo em nome da briga por mercado. Nesse cenário de concorrência pesada, cada marca luta para conquistar território, fidelidade e manchetes.
E o mais curioso: essas guerras comerciais não deixam feridos, mas sim vencedores nas prateleiras e derrotados nos relatórios trimestrais. Pronto para conferir algumas das maiores tretas corporativas entre bebidas da história?
O Que São Guerras Comerciais?
Guerras comerciais são o UFC das marcas — só que, em vez de socos, o que voa é verba de publicidade e criatividade. Nesse ringue corporativo, vence quem domina a estratégia de marca, sabe onde mirar e quando recuar.
Ou seja, cada movimento é calculado para proteger o posicionamento de mercado, ampliar território e garantir a diferenciação de produto. Afinal, quem conquista o domínio de setor dita as próximas regras do jogo.
Essas pancadarias comerciais não são apenas entretenimento corporativo — elas movimentam economias, inspiram inovações e moldam hábitos de consumo.
Pois, quando marcas disputam atenção, em tese quem ganha é o público: surgem produtos melhores, preços mais competitivos e campanhas que viram cultura popular.
Então, vamos conferir 5 das principais tretas entre marcas de bebidas!
Top 5 das Guerras Comerciais
Prepare-se, porque o campo de batalha do marketing é muito mais emocionante do que parece. Pois, nas guerras comerciais, vale de tudo: provocações públicas, campanhas ousadas e até o clássico “roubo” de garoto-propaganda.
Brahma vs. Nova Schin — A guerra da cerveja nacional

No início dos anos 2000, a Brahma reinava soberana no trono da publicidade brasileira. Consolidada como uma das marcas favoritas do país, desfilava uma constelação de garotos-propaganda — mas nenhum tão icônico quanto Zeca Pagodinho, o rosto e o copo da cerveja nacional.
Mas então, nos corredores da propaganda, surgiu um sussurro que virou terremoto: a Schincariol decidiu desafiar o império. Com a criação da Nova Schin, a empresa entrou na arena das grandes, pronta para uma ousada estratégia de reposicionamento.
Ataque da Nova Schin
O ataque foi direto — pois a Schincariol “roubou” o Zeca Pagodinho e lançou o bordão que parou o Brasil de 2003: “Experimenta!”
Em outras palavras, a campanha viralizou na TV e caiu na boca do povo, as vendas dispararam e o mercado assistiu, boquiaberto a Nova Schin subir no mercado e desafiar as grandes.
Contra-ataque da Brahma
A Brahma, claro, não deixaria barato. Num contra-ataque cinematográfico, recontratou Zeca e lançou o comercial que virou o plot twist do ano: o cantor voltava cantando “Fui provar outro sabor, eu sei. Mas não largo meu amor, voltei.”
Foi o golpe final que transformou a disputa em novela das nove — e nos tribunais, a briga continuou com liminares, multas e egos feridos.
No fim, ficou a lição: autenticidade é o ativo mais caro do marketing — e nenhuma cerveja sobrevive sem coerência de imagem.
Confira também as propagandas de cerveja mais marcantes da história, incluindo a da Nova Schin!
Budweiser vs. Miller — A batalha da cerveja americana

E por falar em cerveja, vamos viajar para os Estados Unidos pra falar de outra guerra feita de água, cevada e publicidade. Lá, Budweiser e Miller transformaram a propaganda em campo de batalha — e o copo, em troféu.
Ataque da Bud
Tudo começou em 1975, quando a Miller lançou a primeira cerveja “light” com apelo de saúde e masculinidade, dominando o mercado por anos. Mas, em 1985, a Budweiser reagiu com o icônico comercial “Give me a light”.
À primeira vista, parecia apenas um trocadilho inofensivo — até o público perceber a provocação: o anúncio brincava com a palavra “light” (luz, em inglês), fazendo com que os clientes pedissem “uma luz” e recebessem qualquer coisa, menos uma cerveja. Só no fim o garçom entendia: o que eles queriam era uma Bud Light, não uma “light qualquer”.
Em outras palavras, o recado era claro e ácido — a Bud insinuava que a concorrente era genérica, sem identidade, e que a única “light” de verdade tinha sobrenome e coroa.
Contra-ataque Miller
A vingança veio quase vinte anos depois, em 2004, quando a Miller respondeu de forma épica: proclamou-se “A Presidente das Cervejas”, uma cutucada direta na Budweiser, que há décadas se autodenominava “O Rei das Cervejas”.
A provocação era clara — se a Bud se achava monarca, a Miller chegava para dizer que, em uma democracia de gosto, o povo é quem vota. E o comercial levava essa ideia ao extremo: o ator Bob Odenkirk enfrentava um cavalo em um falso debate presidencial — uma referência escancarada aos famosos cavalos Clydesdale usados nos comerciais da Bud.
Ou seja, o humor era o disfarce perfeito para o ataque: a Miller zombava da pompa da Bud, sugerindo que, enquanto a concorrente vivia de títulos e tradição, ela falava a língua do eleitor — ou melhor, do consumidor.
Coca-Cola vs. Dolly — O Davi mais teimoso da história dos refrigerantes

Voltando para o Brasil, essa próxima treta teve mais embates nos tribunais do que na TV. Nos anos 1990, a Dolly surgiu como uma promessa brasileira no mundo dos refrigerantes. Com preços populares, apelo regional e o inesquecível Dollynho, a marca cresceu rápido e conquistou o público.
Ataque da Dolly
Quase, sem perceber, a Dolly nos proporcionou uma espécie de Davi contra Golias corporativo, uma das grandes guerras comerciais aqui No Brasil. No auge da briga, a Dolly alegou que a Coca-Cola usava práticas desleais para tirá-la do mercado — pressionando fornecedores a suspender a entrega de insumos essenciais.
Além disso, foi além da disputa comercial e acusou a rival de utilizar folhas de coca em seu produto principal, elevando o conflito a um novo nível de tensão gigantesco.
Se aprofunde mais na história da Dolly no nosso Instagram e entenda como essa marca virou símbolo de resistência no mercado brasileiro.
Contra-ataque da Coca
Enquanto isso, a Coca-Cola reagiu com o poder de um império: ampliou sua rede de distribuição, reduziu margens e lançou campanhas para manter o trono(não perderia de nenhum jeito).
Além disso, a Coca-Cola contra-atacou nos tribunais, acusando a Dolly de calúnia e difamação. Dessa forma, o embate saiu das prateleiras e virou manchete, transformando o caso em um verdadeiro espetáculo jurídico — onde cada petição valia mais do que um comercial em horário nobre.
Confira como a Coca se destaca graças à sua identidade visual!
Red Bull vs. Monster Energy — Energia em conflito

No início dos anos 2000, a Red Bull já voava alto. Com sua lata azul-prateada e uma imagem que misturava sofisticação europeia e adrenalina, a marca dominava o mercado global de energéticos.
Mas, como toda líder inevitavelmente descobre, sucesso atrai concorrência. Foi então que surgiu a Monster Energy, trazendo uma proposta ousada e barulhenta — pronta para desafiar a rainha do topo nessa intensa guerra de posicionamento.
Ataque da Monster
Em um dos capítulos mais marcantes dessa disputa, a Monster tentou registrar a marca “Red Dawg” — e aí a confusão começou. Pois, o nome lembrava demais a sonoridade e o conceito de “Red Bull”, o que poderia induzir consumidores a associar as duas marcas como parte do mesmo império energético.
Contra-ataque da Red Bull
A Red Bull viu a jogada como uma tentativa descarada de se aproveitar de sua fama global. Afinal, “Red Dawg” soava próximo demais de “Red Bull”, e o tribunal concordou: a Monster estava tentando surfar na reputação da rival. O resultado? Um golpe jurídico certeiro que transformou o tribunal no novo campo dessa briga por mercado.
Starbucks vs. Dunkin’ Donuts- A luta do café

Voltando para o campo de batalha dos negócios, temos uma rivalidade digna de novela matinal: de um lado, a Starbucks, gigante mundial que transformou o café em experiência premium; do outro, a Dunkin’ Donuts, ícone americano do café simples, rápido e acessível.
Duas visões diferentes, o mesmo grão — e uma das mais saborosas guerras comerciais do varejo.
Ataque da Starbucks
O ataque da Starbucks veio com elegância afiada. Promovendo sua linha Seattle’s Best Coffee, lançou um comercial com cinco homens chamados “Duncan”, todos afirmando preferir o café da Starbucks. Em outras palavras, uma provocação sutil — e cruel — que insinuava: nem quem tem nome parecido com “Dunkin” escolheria a concorrente.
Contra-ataque da Dunkin’ Donuts
Mas a Dunkin’ não deixou barato. No contra-ataque, lançou o anúncio “Lattes deliciosos do Dunkin’ Donuts. Você os pede em inglês.” Uma cutucada direta na Starbucks e sua aura sofisticada, onde pedir um café parecia exigir um dicionário em italiano.
Ou seja, com humor e simplicidade, a Dunkin’ devolveu o golpe mostrando que, no fim, o melhor café é aquele que fala a língua do cliente.
E se você achou essas batalhas intensas, espere até conhecer o duelo mais duradouro do mundo dos refrigerantes. Confira nosso artigo da guerra entre Coca vs Pepsi!
Conclusão: Quando as Guerras Comerciais Viram Espetáculo
No fim, essas guerras comerciais mostraram que marketing é muito mais do que vender — é sobre conquistar mentes, corações e manchetes. Em resumo, cada duelo revelou que, por trás das campanhas e tribunais, existe sempre a mesma luta: a busca por relevância.
E, nesse campo de batalha, vence quem transforma concorrência em espetáculo.
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