Executivo tenso em ambiente corporativo desfocado, postura defensiva sugerindo ataque invisível à marca, representando risco reputacional e as consequências de comprar brigas desnecessárias.

Risco Reputacional: Será que Vale a Pena Comprar Brigas?

O risco reputacional deixou de ser um problema “do marketing” e virou pauta de conselho. Em um ambiente polarizado, hiperconectado e sensível a símbolos, qualquer ação pública pode ser interpretada, amplificada e distorcida — muitas vezes fora do controle da empresa.  

Por isso, mais do que comunicar bem, é preciso fazer gestão de marca com maturidade, entendendo como decisões impactam a percepção pública.  

Afinal, o papel do gestor não é eliminar riscos, mas saber quais está assumindo, por quê e com que proteção.  

Então, confira as dicas para decidir melhor. 

O que é Risco Reputacional? 

Risco reputacional  é a possibilidade de danos à imagem, à credibilidade e ao valor de uma empresa quando eventos negativos, ações antiéticas ou falhas de comunicação afetam a forma como ela é percebida.  

Na prática, isso se traduz em abalos na  confiança do consumidor , impacto financeiro e ruído institucional. Ainda assim, não depende apenas do que a marca faz, mas de como o ambiente interpreta.  

Em um mercado movido por contexto, emoção e símbolos, campanhas, falas — e até o silêncio — deixam de ser neutros e passam a gerar consequências reais. 

Importância da Imagem para Uma Empresa 

A reputação da marca vai muito além da estética: ela é confiança acumulada ao longo do tempo. Para o consumidor, reduz fricção de compra, sustenta preferência e justifica preço. Enquanto para o mercado, diminui volatilidade, sustenta valuation e atrai capital paciente.  

Consequentemente, para o negócio, protege em crises, acelera a recuperação e sustenta decisões difíceis.  

Em outras palavras, branding consistente constrói percepção de valor. Uma imagem forte não evita crises — mas define como elas terminam. 

Desvantagens de colocar a reputação em risco 

Colocar a reputação em jogo costuma gerar ruído imediato nos canais de venda e distribuição, além de aumentar a volatilidade de ações ou faturamento.  

Além disso, Nnesse cenário, decisões estratégicas perdem previsibilidade e o negócio entra em modo reativo, acumulando prejuízos causados por crises de imagem, episódios de cancelamento e maior vulnerabilidade de branding. 

Outras perdas:  

  • Rejeição imediata de parte do público 
  • Boicotes simbólicos ou reais 
  • Espaço aberto para concorrentes oportunistas 

O maior custo não é o ataque em si, mas a perda de previsibilidade, que força a empresa a lidar com uma gestão de crise não planejada.

Painel informativo em fundo vermelho destacando dados e estatísticas sobre reação do consumidor diante de falhas éticas, desrespeito e posicionamentos controversos, mostrando como esses fatores afetam compra, abandono de marca e boicotes.

Fonte: Nexus / FSB

Vantagens de colocar a reputação em risco

Assumir exposição também pode gerar ganhos quando há intenção estratégica. Em alguns contextos, o risco reputacional funciona como sinal claro de posicionamento e reforça a identidade junto a públicos alinhados, criando leitura coerente sobre quem a marca é e o que defende.  

Assim, surgem efeitos positivos como o aumento da visibilidade da marca e maior relevância competitiva. 

Outros possíveis ganhos:  

  • Aumento brutal de visibilidade orgânica 
  • Consolidação de território simbólico 
  • Diferenciação em mercados saturados 

O risco pode ser alavanca se for consciente, calculado e protegido — portanto, muita calma.

Confira também as 5 ações mais bizarras da moda mundial!

Tipos de Risco Reputacional 

Nem todo risco à reputação nasce do mesmo lugar. Embora diferentes entre si, esses fatores costumam se sobrepor e se amplificar, exigindo atenção constante do gestor para antecipar impactos e evitar efeitos em cadeia. 

Maiores Ricos:  

  • Ideológico: associação (real ou percebida) a pautas políticas, sociais ou culturais 
  • Operacional: falhas, atrasos, problemas de qualidade 
  • Ético: práticas questionáveis, incoerência entre discurso e ação 
  • Liderança: falas ou atitudes de executivos e porta-vozes 
  • Silêncio estratégico: não se posicionar quando o mercado espera resposta 

O risco ideológico é o mais sensível hoje porque ativa emoção antes de razão.

Descubra as melhores propagandas da Bombril!

A Polêmica da Havaianas e o Risco Reputacional

Na propaganda de fim de ano da Havaianas, estrelada por Fernanda Torres, a campanha apostou em metáforas populares para estimular atitude e movimento no início de 2026.  

A frase “não quero que você comece o ano com o pé direito”, comum no imaginário cultural brasileiro, foi interpretada por parte do público como mensagem política implícita.  

A leitura não foi unânime — e é justamente nesse ponto que o risco reputacional se manifesta, quando diferentes interpretações passam a disputar o significado da mensagem e a marca perde controle sobre a narrativa. 

Ou seja, essa propaganda das Havaianas ganharam dupla leitura; em seguida, figuras públicas entraram no debate, a polarização cresceu e boicotes simbólicos apareceram.  

Ou seja, o comercial deixou de ser publicidade e virou meme, pauta e notícia, colocando a reputação da marca em alerta. 

O episódio mostra que: 

  • talvez as marcas não controlam mais o sentido final da mensagem 
  • símbolos são mais poderosos que argumentos 
  • timing amplifica interpretação 

Veja como a série It: Bem-vindos a Derry conseguiu engajamento alto com um custo baixo!

O que a Havaianas pode ter perdido com a polarização 

Quando a discussão se desloca do produto para o campo simbólico, surgem impactos práticos. Pois, a polarização acelera o risco à reputação da marca e expõe os efeitos da polarização no marketing, exigindo respostas rápidas e reativas que drenam foco estratégico e previsibilidade do negócio. 

Perdas da Havaianas:  

  • Queda temporária de valor de mercado 
  • Ruído com consumidores que não se sentem representados 
  • Desgaste institucional evitável 
  • Necessidade de gestão de crise reativa 
  • Concorrentes capturando atenção e simpatia 

Em suma, o custo foi imediato e mensurável, ainda que reversível.

Card informativo apresentando dados sobre impacto financeiro imediato causado por risco reputacional, destacando queda de ações, perda de valor de mercado e migração de atenção para concorrentes após polêmica envolvendo a Havaianas.

Fonte: Veja

O que a Havaianas pode ter ganhado

Apesar do risco reputacional, a exposição também abriu espaço para ganhos estratégicos. Pois, em meio à controvérsia, a marca ampliou conversas, reforçou presença no imaginário coletivo e acelerou o engajamento nas redes sociais, transformando atenção em ativo simbólico e sinalizando força para públicos, mercado e investidores. 

Ganhos da Havaianas: 

  • Explosão de visibilidade espontânea 
  • Crescimento relevante de audiência 
  • Reforço de presença cultural 
  • Demonstração de resiliência de marca 
  • Confiança do capital no longo prazo 

Em outras palavras, o ganho foi intangível, simbólico e estratégico, mas real.

Card verde destacando efeitos positivos após risco reputacional, mostrando aumento de participação acionária e forte tração digital da marca Havaianas, com crescimento acelerado de seguidores e reconhecimento institucional mesmo após a crise.

Fonte: Veja/InfoMoney

Conclusão: Risco Reputacional e o Dever de Proteger o Negócio

Em resumo, risco reputacional não é, por si só, um erro estratégico; erro é assumi-lo sem consciência, plano ou responsabilidade. Marcas que se posicionam podem ganhar relevância e identidade, mas também pagam custos reais.  

Portanto, cabe ao gestor equilibrar exposição e proteção, tomando decisões que preservem o negócio enquanto constroem valor sustentável no longo prazo. 

Quer fortalecer sua marca sem improviso? Zenivox apoia empreendedores na construção de decisões estratégicas e gestão consistente. 

CLIQUE AQUI e fale conosco! 

Acompanhe também nossos conteúdos e atualizações no Instagram LinkedIn ! Por lá, compartilhamos insights valiosos sobre marketing digital, vendas e gestão comercial que podem ajudar seu negócio a crescer de forma estratégica e inovadora.