Se você empreende no Brasil, sabe que cada aumento do IOF pesa no seu caixa como um tijolo extra na mochila. Seja no crédito, nas remessas ao exterior ou até em investimentos, esse imposto silencioso corrói sua margem de lucro.
Além disso, entender suas regras é quase um quebra-cabeça. Mas calma: neste artigo, você vai entender o que é IOF, por que ele aumentou e, mais importante, como isso pode impactar diretamente o seu negócio.
O que é IOF?
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal cobrado em transações como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos. Ele serve tanto para arrecadar dinheiro quanto para controlar a economia. Ou seja, além de gerar receita para o governo, também influencia o consumo e o crédito no país.
Aumento do IOF em 2025
O aumento do IOF em 2025 foi anunciado em maio como uma medida para reforçar o caixa do governo. Com previsão de arrecadar R$ 20,5 bilhões ainda neste ano, o decreto do governo alegava necessidade fiscal. Segundo o Planalto, a medida é temporária e visa equilibrar o orçamento.
No entanto, o Congresso contra IOF reagiu rapidamente. Para deputados e senadores, o decreto do governo distorce o propósito original do imposto, que deveria ter função regulatória, não arrecadatória.
Além disso, muitos empresários consideraram o aumento do IOF como um golpe inesperado na competitividade e na previsibilidade econômica.

Aumento do IOF revogado
O IOF foi revogado no dia 25 de junho pelo Congresso (órgão máximo do poder legislativo no Brasil, composto por duas casas: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal), após intensa pressão de setores produtivos e parlamentares.
A justificativa era clara: o decreto IOF foi considerado inconstitucional, pois usava um imposto regulatório com fins arrecadatórios.
Além disso, líderes políticos argumentaram que o aumento atropelava o debate democrático e gerava insegurança jurídica. Mas, mesmo com a revogação, o governo não recuou.
- 25 de junho: Congresso derruba decreto com maioria esmagadora.
- 30 de junho: Hugo Motta criticou a polarização e defendeu a revogação do IOF.
- 1º de julho: AGU(Advocacia-Geral da União) leva o caso ao STF alegando que o decreto IOF foi considerado inconstitucional sem base técnica.
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Aumento do IOF volta a valer
Mesmo após a revogação pelo Congresso, o aumento do IOF voltou ao centro do debate. Pois, o governo decidiu judicializar o impasse, argumentando que a revogação feria a separação dos poderes.
Em outras palavras, a situação se intensificou com a atuação direta do Supremo Tribunal Federal, por meio do ministro Alexandre de Moraes.
A decisão do ministro Alexandre Moraes, em 5 de julho, suspendeu temporariamente os efeitos da anulação do decreto e convocou uma mediação entre Executivo e Legislativo.
No entanto, em 16 de julho, Moraes reviu sua posição e restabeleceu parcialmente o aumento do IOF, mantendo a cobrança sobre operações como risco sacado.
De quanto foi o aumento do IOF

Com o aumento do IOF, várias operações financeiras passaram a ter novas alíquotas, afetando tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Além disso, o impacto foi sentido de forma desigual entre segmentos, com destaque para crédito, câmbio e aportes em seguros.
A seguir, veja as principais mudanças:
- Aportes em VGBL: IOF de 5% sobre aportes mensais acima de R$ 300 mil; a partir de 2026, o limite sobe para R$ 600 mil.
- Cartão de crédito e débito internacional: alíquota passou de 3,38% para 3,5%.
- Crédito para empresas: novas alíquotas de IOF fixadas em 0,38%, inclusive para empresas do Simples Nacional.
- Cotas de FDICs: aplicação em Fundos de Investimento em Direito Creditório passa a ter IOF fixo de 0,38%.
- Câmbio e moeda em espécie: IOF definido em 3,5%; remessas para investimento seguem com 1,1%.
- Envio de recursos ao exterior: incide 3,5% de IOF.
- Remessa para conta pessoal no exterior: 3,5%; para investimento, permanece 1,1%.
O Aumento do IOF passa a valer quando
Embora a decisão do ministro Alexandre de Moraes tenha autorizado a cobrança a partir de 11 de julho, a Receita Federal optou por retomá-la apenas no dia 17. Assim, o aumento do IOF passou a valer oficialmente nesta data. Além disso, o STF reforçou que o imposto não incide sobre o período suspenso.
O Aumento do IOF Afeta Quem?
O impacto do aumento IOF atinge desde pessoas físicas até empresas de diversos portes. Em especial, o crédito se torna mais caro, afetando diretamente o fluxo de caixa dos empreendedores.
Portanto, o aumento IOF afeta negócios que dependem de capital de giro, importações e investimentos no exterior.
- Empréstimos bancários para empresas ficaram mais onerosos.
- Compras internacionais com cartão agora pagam mais imposto.
- Remessas pessoais e não especificadas para o exterior sofreram aumento.
- Investidores em VGBL foram surpreendidos com nova alíquota.
- Fundos de crédito (FDICs) passaram a recolher IOF fixo.
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Como Proteger Seu Negócio do Aumento do IOF

O aumento do IOF pode comprometer a saúde financeira da sua empresa, principalmente se você lida com crédito, câmbio ou investimentos frequentes. Por isso, é essencial adotar medidas práticas para reduzir o IOF da empresa e buscar estratégias contra aumento de imposto antes que ele afete seu lucro.
Reduza operações com IOF elevado: avalie alternativas
Nem toda transação precisa passar por operações com alíquotas maiores. Sempre que possível, revise os caminhos financeiros da sua empresa para reduzir IOF em operações financeiras. Isso ajuda a manter a previsibilidade e evita surpresas no fluxo de caixa.
- Use contas internacionais com menor incidência
- Antecipe pagamentos e centralize operações
- Prefira modalidades isentas ou com alíquota reduzida
Renegocie crédito empresarial: IOF pesa no custo final
Com o aumento do IOF, o crédito ficou ainda mais caro para empresas, inclusive aquelas no Simples Nacional. Portanto, renegociar taxas e prazos com bancos pode gerar economia significativa.
Ou seja, considere também alternativas ao crédito com IOF elevado, como cooperativas ou antecipações com parceiros. Logo, pequenas mudanças nas condições de financiamento fazem grande diferença no longo prazo.
Evite surpresas em remessas ao exterior
O envio de recursos para fora do país foi diretamente afetado pelo aumento do IOF, com alíquotas de até 3,5% em algumas operações. Sendo assim, é fundamental entender o tipo de remessa que está sendo realizada.
Portanto, estude bem as categorias para saber como evitar o IOF em remessas internacionais, reduzindo a tributação legalmente e evitando penalidades.
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Invista em planejamento tributário agora
Não espere o próximo decreto para agir. Pois, um bom planejamento pode oferecer dicas para pagar menos IOF legalmente, aproveitando brechas previstas na legislação.
Além disso, uma assessoria especializada pode ajudar a reorganizar o modelo financeiro da sua empresa, garantindo conformidade com menos custo — especialmente em tempos de aumento do IOF.
Conclusão: O que Muda com o Novo IOF?

Em resumo, o aumento do IOF escancarou como decisões políticas podem afetar profundamente a rotina de quem empreende. Mais do que acompanhar as mudanças, é hora de agir com inteligência.
Então, planeje, renegocie e busque alternativas. Pois, com estratégia, é possível proteger seu negócio, reduzir o IOF da empresa e manter a saúde financeira mesmo em tempos turbulentos.
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