Pessoas observam uma galeria de arte com quadros inspirados em antigas campanhas publicitárias de cigarro. Os cartazes retratam figuras icônicas como um cowboy com laço, uma mulher emancipada de chapéu, um jogador de futebol chutando uma bola, e um homem elegante com bigode. As imagens têm estética retrô e tons quentes, remetendo ao estilo das propagandas das décadas de 50 a 70.

Campanha Publicitária de Cigarros: Top 5

Entenda como qualquer campanha publicitária de cigarros virava arte e engano ao mesmo tempo 

Pois é. Antes de serem banidas da mídia, as marcas de cigarros dominavam o jogo da publicidade. 

Tinha de tudo: cowboy solitário, mulher emancipada e até jogador da seleção brasileira ensinando a passar a perna com classe. 

Era um show de criatividade… e talvez de irresponsabilidade. Mas fazer o quê? Era outro tempo. E, convenhamos, ninguém sabia vender ilusão melhor do que essa galera. 

Então acende um aí (só no sentido figurado, pelo amor de Deus) e confira as 5 campanhas de cigarros mais icônicas de todos os tempos! 

O que é Campanha Publicitária de Cigarros (ou era) 

Antigamente, as campanhas publicitárias de cigarro não vendiam apenas um produto — promovia um estilo de vida. Por meio de comerciais envolventes, o marketing da indústria do tabaco associava o ato de fumar a ideias como liberdade, glamour, rebeldia e sucesso profissional.  

Algumas chegavam a sugerir benefícios à saúde, como a Camel e sua propaganda lendária: “More doctors smoke Camels than any other cigarette” em tradução livre: “Mais médicos fumam Camel do que qualquer outro cigarro.” 

Além disso, a indústria tabagista usava e abusava do poder das celebridades como Frank Sinatra, Flavio Cavalcanti e Malu Mader. E é claro, não podemos esquecer do Rei Roberto Carlos, que emprestou sua voz para uma campanha publicitária da marca Continental.  

Ou seja, naquela época qualquer campanha publicitária de cigarro era quase uma arte… ou um truque de mágica. 

Mas o tempo passou — e a fumaça começou a incomodar. Em 2000, o Brasil proibiu esse tipo de publicidade em rádios, TVs, revistas e outdoors.  

Em outras palavras, a decisão fez parte de um movimento global contra o avanço da indústria do tabaco, que já colecionava críticas, processos e estatísticas alarmantes. 

Com isso, os comerciais sumiram das telas… mas deixaram um legado. Pois, um rastro de campanhas ousadas, controversas e, em muitos casos, geniais. Ações de marketing que marcaram época — e que vamos relembrar agora.

Arte visual com fundo preto mostra um cigarro aceso que libera fumaça em forma de pulmões. Sobreposto à imagem, lê-se em letras vermelhas: “Restrição a propaganda de cigarro levou 33% dos brasileiros a deixarem de fumar”. Na parte inferior está o logotipo da Zenivox Comunicação Digital.

Fonte: FIOCRUZ

Campanha Publicitária de Cigarros: Top 5 

Abaixo, você vai conhecer as 5 melhores campanhas publicitárias de cigarros — peças que ultrapassaram a barreira do tempo e continuam sendo lembradas não pelo produto em si, mas pela ousadia, criatividade e impacto cultural.  

Em outras palavras, mesmo polêmicas, essas ações são exemplos de como o marketing pode ser inesquecível… para o bem ou para o mal. 

Campanha Vila Rica – “A Lei de Gérson” 

Gosto de levar vantagem em tudo”

Não podemos deixar de começar com uma campanha publicitária de cigarro que, literalmente, virou “lei” no Brasil — a famigerada Lei de Gérson.  

Lançada em 1976, essa peça da publicidade brasileira colocou Gérson, craque da Seleção de 70, falando com todas as letras: “Gosto de levar vantagem em tudo”.

A ideia era simples: vender um cigarro mais barato, com suposta qualidade superior. Mas a mensagem foi além do produto — virou símbolo de oportunismo e falta de ética, ou seja, simbolizou o famoso “jeitinho brasileiro”, algo que o próprio Gérson mais tarde lamentaria. 

Mesmo antes das restrições à propaganda de cigarro, a campanha já gerava controvérsia. Dessa forma, foi retirada do ar, porém era tarde demais: o impacto— ou o estrago— já estava feito.  

Hoje, ela é estudada em faculdades como exemplo de como uma propaganda pode ultrapassar os limites do marketing e entrar para a história da publicidade.

Imagem com fundo preto exibe um cigarro aceso que forma, com sua fumaça, a silhueta de dois pulmões. Sobre a imagem está o texto: “Quando o futebol acendia no intervalo”. Abaixo, um parágrafo detalha como craques do futebol brasileiro dos anos 50, como Leônidas da Silva, Ademir Menezes e Bigode (João Ferreira), participaram de campanhas publicitárias de marcas de cigarro. O logotipo da Zenivox Comunicação Digital aparece no rodapé.

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Marlboro Man (EUA)

Entre as propagandas clássicas de cigarro, nenhuma foi tão marcante quanto as do Marlboro Man. Lançadas a partir dos anos 50, elas redefiniram a imagem do cigarro filtrado, até então associado ao público feminino.  

Com um cowboy solitário no pôr do sol ou fazendo coisas de macho, as campanhas exalavam virilidade, liberdade e força bruta. 

Em outras palavras, essa foi uma das maiores jogadas de construção de arquétipo em propaganda. Pois, a figura do cowboy — resistente, silencioso e independente — virou sinônimo de masculinidade idealizada.  

As propagandas duraram décadas, atravessando gerações e fronteiras, e permanecem como um dos maiores ícones da publicidade americana até hoje.

Imagem com fundo preto e um cigarro central liberando fumaça em forma de pulmões. O texto em destaque, na cor vermelha, diz: “Quando o Marlboro Man tossia fora das câmeras”. Abaixo, informa que quatro Marlboro Men — ícones de propaganda da marca — morreram de doenças causadas pelo fumo, incluindo DPOC, enfisema e câncer de pulmão. Nomes e idades dos falecidos são listados. O logotipo da Zenivox aparece no rodapé.

Fonte: Los Angeles Times

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“I’d walk a mile for a Camel” (EUA) 

Nos anos 1940, a Camel apostou alto na emoção para vender cigarros — e acertou em cheio com a campanha: “I’d walk a mile for a Camel” (“Eu andaria uma milha por um Camel”, em tradução livre), transformando o simples ato de fumar em um gesto de devoção quase épico. 

Os anúncios exploravam cenas do cotidiano com homens determinados, muitas vezes em situações desafiadoras, que deixavam tudo de lado só para acender um Camel.

Ou seja, essa narrativa ajudou a humanizar o produto e criou identificação imediata com o público. Com anúncios ilustrados e linguagem direta, a Camel não vendia só um cigarro — vendia a ideia de que ele valia qualquer esforço.  

Em suma, foi um golpe de mestre da indústria tabagista, reforçando a construção de lealdade no marketing muito antes disso virar regra no mundo da publicidade.

Imagem com fundo preto apresenta um cigarro aceso no centro, cuja fumaça forma dois pulmões. O texto principal diz da campanha publicitária de cigarros: “Joe Camel, o Mickey Mouse do tabaco”. Abaixo, é informado que um estudo de 1991 revelou que o mascote Joe Camel era tão reconhecido por crianças em idade pré-escolar quanto o próprio Mickey Mouse. O logotipo da Zenivox Comunicação Digital aparece na parte inferior.

Fonte: Estudo publicado na revista científica JAMA em 1991

Virginia Slims – “You’ve come a long way, baby” (EUA)

Nos anos 60, a marca Virginia Slims lançou uma campanha publicitária de cigarros que marcou época com o slogan “You’ve come a long way, baby” (“Você percorreu um longo caminho, querida”, em tradução livre). 

Ou seja, em plena ascensão do movimento feminista, a campanha surfou na onda da emancipação feminina, apresentando o cigarro como símbolo de liberdade e independência. 

Com estética sofisticada e mulheres elegantes em ambientes urbanos, a campanha foi um exemplo claro de marketing voltado para mulheres. Como resultado, ainda que hoje soe controversa, a estratégia foi pioneira ao segmentar o público feminino de forma direta — apropriando-se da luta por igualdade para vender um produto que, ironicamente, comprometia a saúde das próprias mulheres.

Imagem com fundo preto apresenta um cigarro aceso ao centro, com fumaça formando dois pulmões. O texto em branco, centralizado sobre a campanha publicitária de cigarros, diz: “Quadra, nicotina e feminismo publicitário”. Em seguida, destaca que a marca de cigarros Virginia Slims criou, nos anos 70, uma liga de tênis exclusivamente feminina para promover empoderamento e visibilidade — o “Virginia Slims Women’s Tennis Tour”. A imagem é assinada pela Zenivox Comunicação Digital.

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Hollywood – “O sucesso”

Entre as mais lembradas no Brasil, as campanhas do Hollywood marcaram gerações com o slogan direto e aspiracional: “Hollywood. O sucesso.”  

Lançada entre as décadas de 1970 e 1990, essa campanha publicitária de cigarros apostou pesado em imagens de aventura, liberdade e juventude para conquistar o público jovem. 

Em outras palavras, com cenas de paraquedismo, surf e motocross embaladas por trilhas sonoras épicas, a marca criou um universo onde fumar era sinônimo de viver intensamente.  

Como resultado, a campanha Hollywood não vendia só um produto — vendia uma vibe, um estilo de vida radical. Dessa forma, foi um divisor de águas na forma como a publicidade brasileira trabalhava desejo e pertencimento.

Imagem com fundo preto exibe um cigarro aceso central, cuja fumaça forma dois pulmões. O texto, em branco da campanha publicitária de cigarros, diz: “Quando o cigarro virou festival”. Abaixo, informa que a marca Hollywood patrocinou o festival Hollywood Rock nos anos 90, trazendo bandas como Nirvana, Red Hot Chili Peppers e Alice In Chains. O logotipo da Zenivox Comunicação Digital aparece na parte inferior da arte.

Conclusão: Como Fazer Campanha Publicitaria de Cigarros 

As ações de marketing tabagista acabaram, mas o legado permanece. Pois, cada campanha publicitária de cigarros desta lista prova que, entre polêmicas e genialidades, a propaganda pode moldar comportamentos, criar mitos e atravessar décadas.  

Ou seja, foram ações ousadas, impactantes e, acima de tudo, inesquecíveis — mesmo quando o produto em si já perdeu o brilho (e o espaço). 

Curtiu essa viagem pela publicidade que botava fogo na audiência? Imagina o que a gente pode fazer com a sua marca — sem precisar vender fumaça. 

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