Dois executivos japoneses observam a sede espelhada da IBM, simbolizando a busca por inovação e a aplicação do modelo de gestão de conhecimento empresarial.

Gestão de Conhecimento: Descubra o Modelo da IBM

Em um mundo onde a informação envelhece em questão de horas, dominar a gestão de conhecimento é mais do que vantagem — é sobrevivência.  

Grandes e pequenas empresas já perceberam que quem sabe transformar experiências em estratégia sai na frente. E poucas corporações fizeram isso tão bem quanto a IBM.  

Inspirando-se em acadêmicos japoneses a empresa de tecnologia construiu um verdadeiro ecossistema onde o saber circula, evolui e se transforma em inovação. 

Então, neste artigo, você vai entender como a IBM estrutura o conhecimento para inovar, crescer e liderar — e como aplicar esses aprendizados na sua empresa. 

O que é Gestão de Conhecimento 

Gestão de Conhecimento é o processo de captar, organizar e compartilhar tudo aquilo que as pessoas dentro de uma empresa sabem — desde manuais e relatórios até ideias, experiências e aprendizados do dia a dia.  

Em outras palavras, é como ter um Google interno para sua equipe, onde qualquer colaborador pode encontrar respostas rápidas, aprender com o passado e tomar decisões melhores.  

Benefícios da Gestão de Conhecimento: 

Adotar uma boa gestão do conhecimento não é apenas uma questão estratégica — é uma forma inteligente de fazer mais com menos. 

Confira os principais benefícios: 

  • Evita retrabalho: o conhecimento registrado, por exemplo, evita que equipes repitam tarefas já realizadas. 
  • Acelera a inovação: ideias circulam mais rápido e se transformam em soluções reais. 
  • Fortalece a cultura organizacional: promove colaboração e alinhamento entre times. 

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A Teoria por Trás: O Modelo SECI de Nonaka 

A teoria de gestão do conhecimento nasceu no Japão, em 1994, pelas mãos dos professores Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi. Eles perceberam que o verdadeiro diferencial das empresas não estava apenas nos dados registrados, mas também na sabedoria prática dos colaboradores — aquilo que não se escreve, porém se vive.  

Imagem com título "Os Mestres do Saber: Quem São Nonaka e Takeuchi, os Pais da Gestão do Conhecimento", contendo texto explicativo sobre os dois teóricos japoneses que criaram o modelo SECI e revolucionaram a administração nas empresas.

Então, para mostrar como o conhecimento se move dentro das empresas, eles criaram o modelo SECI, que hoje é uma das ferramentas mais usadas na gestão de conhecimento. 

Esse modelo parte da interação entre duas dimensões essenciais do saber organizacional: 

  • Conhecimento tácito e explícito: o primeiro é intuitivo, pessoal e difícil de formalizar; enquanto o segundo é estruturado, registrado e facilmente compartilhado. 
  • Individual ↔ Coletivo: o conhecimento nasce no indivíduo, mas precisa se expandir para o grupo para gerar valor real. 

Agora, veja como funciona o modelo SECI na prática, por meio de seus quatro modos de conversão de conhecimento: 

Socialização (tácito → tácito) 

É a troca direta de experiências entre pessoas. Ou seja, acontece quando colaboradores aprendem observando, convivendo e imitando. Em síntese, o saber passa de um indivíduo para outro sem precisar ser verbalizado. 

Externalização (tácito → explícito) 

É o momento em que o conhecimento implícito é transformado em palavras, imagens, manuais ou processos. Logo, é essencial para documentar boas práticas e permitir que o saber pessoal se torne acessível a todos. 

Combinação (explícito → explícito) 

Neste estágio, diferentes fragmentos de conhecimento registrado são reunidos, organizados e ampliados. Isso pode acontecer, por exemplo, ao cruzar relatórios, planilhas e documentos para gerar um novo insight ou diretriz. 

Internalização (explícito → tácito) 

Por fim, o que foi documentado volta a ser vivido. Pois, quando um colaborador lê um manual, aplica aquele conhecimento e transforma isso em prática, o saber se incorpora de forma pessoal.

Ilustração do Modelo SECI com quatro etapas — Socialização, Externalização, Combinação e Internalização — aplicadas à administração nas organizações, com ícones representativos e exemplos práticos.

Em suma, esse ciclo é contínuo e dinâmico. E empresas como a IBM souberam aplicar esse modelo com excelência — algo que veremos detalhadamente a seguir. 

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Como a IBM Coloca o Modelo em Prática 

A gigante da tecnologia e inovação, IBM, é um exemplo prático e sofisticado de como aplicar o modelo SECI em escala global. Com foco na gestão de conhecimento, a empresa construiu uma estrutura capaz de captar, organizar e redistribuir o saber dentro e fora de suas equipes.  

Então, a seguir, você verá como cada etapa do ciclo é colocada em ação. 

Redes internas na gestão de conhecimento da IBM 

A socialização do conhecimento na IBM começa com a formação de redes internas de colaboradores que atuam em funções semelhantes.  

Ou seja, esses grupos se conectam para trocar experiências do dia a dia e aprender uns com os outros, criando uma base rica de saber compartilhado. 

  •  Redes de conhecimento IBM conectam profissionais de áreas similares. 
  • O foco está na troca de conhecimento tácito, por meio de interações informais. 
  • A IBM valoriza experiências compartilhadas como fonte viva de aprendizado. 
  • Essa fase fortalece a base da gestão de conhecimento sem depender de registros formais. 

Documentação estratégica da gestão de conhecimento 

Com as experiências mapeadas pelas redes, a IBM inicia a externalização do conhecimento, tornando o saber implícito algo acessível, replicável e documentado. 

Sendo assim, ela faz isso investindo em metodologias claras de documentação e definindo papéis específicos para garantir que informações críticas sejam formalizadas com precisão. 

Além disso, há uma estrutura organizacional pensada para esse processo: 

  • Líderes de conhecimento IBM coordenam os fluxos de informação, por exemplo. 
  •  “Roteadores” analisam e direcionam o conteúdo gerado para os canais certos. 
  • Especialistas atuam como curadores de conteúdo, avaliando e refinando os registros. 

Repositórios inteligentes na gestão de conhecimento 

A combinação de conhecimento acontece quando diferentes conteúdos já documentados são reunidos e reagrupados para gerar insights estratégicos. 

Então, o centro dessa etapa é o repositório de ativos de conhecimento, uma base de dados robusta onde a IBM armazena: 

  • relatórios, 
  • materiais de treinamentos, 
  • registros operacionais 
  • ativos intelectuais gerados em projetos anteriores. 

Dessa forma, a IBM reorganiza todo esse conteúdo usando ferramentas digitais, como a intranet e softwares próprios, o que permite estruturar melhor as informações, transformar dados operacionais em conhecimento útil e integrar aprendizados antigos com novas necessidades do negócio.

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Cultura prática na gestão de conhecimento da IBM 

A última fase do ciclo SECI na IBM é a internalização do conhecimento, quando os conteúdos registrados voltam ao cotidiano das equipes em forma de prática. 

Portanto, com o uso de softwares colaborativos IBM, como o Lotus Notes, os colaboradores têm acesso constante ao conhecimento registrado. Treinamentos, documentos e processos ficam integrados ao ambiente de trabalho. 

Então, como resultado, o conhecimento é absorvido de forma natural pelos colaboradores, promovendo um aprendizado organizacional contínuo.  

Portanto, diretrizes antes apenas escritas se tornam ações práticas, e a cultura de reutilização assegura que cada lição aprendida seja incorporada no dia a dia da empresa.

Lista com exemplos de empresas globais — como Ford, GE, Amazon, Pratt & Whitney e World Bank — que utilizam práticas de gestão de conhecimento para melhorar seus processos, preservar expertise e impulsionar a inovação.

Ferramentas da IBM para Gestão de Conhecimento 

Além de processos bem definidos, a IBM também se destaca pelas ferramentas da para troca de conhecimento, que apoiam sua eficiente gestão de conhecimento.

Ou seja, essas soluções tecnológicas conectam colaboradores, organizam informações e incentivam o aprendizado contínuo em escala global. 

  • K-Station Portal: centraliza informações sobre concorrentes e produtos, auxiliando na elaboração de propostas e estratégias de mercado. 
  • ICM AssetWeb: baseado no Lotus Notes, distribui conteúdo entre departamentos e facilita o acesso ao conhecimento institucional. 
  • Knowledge Café: funciona, em outras palavras, como um fórum global onde dados são categorizados e opiniões podem ser compartilhadas entre funcionários do mundo todo. 
  • On Demand Workplace: plataforma de treinamentos online que oferece conteúdos personalizados e registra o histórico de aprendizado dos colaboradores. 
  • IBM Connection System: integra, por exemplo, diversas bases de dados e permite acesso rápido ao conhecimento interno e também a insights de clientes. 

Em resumo, essas ferramentas garantem que o conhecimento esteja sempre acessível, útil e em constante circulação dentro da organização.

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Estratégias de Longo Prazo e Cultura Organizacional 

Na IBM, o setor de Colaboração e Conhecimento fortalece a cultura de compartilhamento de conhecimento ao integrar aprendizado e prática no dia a dia dos colaboradores.

Isto é, esse time atua de forma estratégica, promovendo a gestão de conhecimento como valor central da organização e incentivando comportamentos colaborativos entre diferentes áreas e níveis hierárquicos. 

Então, como parte desse esforço de retenção de conhecimento, a empresa adotou uma política inovadora de aposentadoria parcial, permitindo que colaboradores veteranos reduzam sua jornada em 40%, com um corte de 30% no salário.  

Em outras palavras, isso mantém profissionais experientes ativos por mais tempo, favorecendo a troca entre gerações e garantindo que o saber acumulado continue circulando internamente — uma abordagem prática para aposentadoria e gestão de conhecimento. 

Como Fazer Gestão de Conhecimento   

Embora não tenham o tamanho ou os recursos de uma multinacional, pequenas e médias empresas também podem adotar boas práticas de conhecimento organizacional.

Pois, as lições de gestão do conhecimento da IBM mostram que, com estratégia e consistência, é possível transformar o saber interno em um motor de crescimento.  

Portanto, a seguir, veja como aplicar o modelo SECI na sua empresa, mesmo com uma equipe enxuta. 

  • Forme redes internas de troca de conhecimento, estimulando conversas e mentorias entre os colaboradores. 
  • Crie repositórios acessíveis e organizados, como pastas compartilhadas ou wikis internos. 
  • Promova uma cultura de compartilhamento, com ou sem tecnologia, valorizando a colaboração no dia a dia. 
  • Incentive o reuso de conhecimento em escala, reaproveitando experiências, documentos e aprendizados. 
  •  Integre o aprendizado ao fluxo de trabalho, com reuniões rápidas, reflexões pós-projetos ou ferramentas simples de registro. 

Desse modo, essas são ações diretas de gestão do conhecimento para empreendedores, úteis para quem deseja saber como estruturar empresas. 

Conclusão: Qual a Importância da Gestão do Conhecimento para as Organizações

Mão posicionando o último bloco de uma pirâmide feita com cubos de madeira, com ícones representando ideias, pessoas, documentos, metas e conhecimento, simbolizando a importância da gestão do conhecimento para o crescimento organizacional.

Em resumo, quando bem aplicado, o conhecimento se transforma em uma poderosa vantagem competitiva. Pois, a IBM é prova viva de que investir em gestão do conhecimento gera inovação, eficiência e crescimento sustentável. Seu modelo inspira empresas de todos os portes a fazer o mesmo.  

Como seria sua empresa se todos compartilhassem o que sabem, todos os dias, sem reservas? 

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