Ahh, os anos 90… época da irreverência, da banheira do Gugu, do ET de Varginha e das novelas que marcaram época. Foi também o tempo em que a TV aberta mandava na coisa toda e era a queridinha do povo, servindo de palco para propagandas criativas que viraram bordões e até ditados populares.
Entre jingles fofinhos, vendedores sincerões e tartarugas meio cruéis, o que não faltava eram pérolas da publicidade. Então, prepare-se: vamos relembrar cinco campanhas que marcaram época e ainda rendem conversas até hoje.
O que Eram as Propagandas Criativas dos Anos 90
Antes de mergulhar nos exemplos, vale lembrar que as propagandas criativas dos anos 90 eram quase personagens da cultura brasileira. A TV aberta era a rainha absoluta, e os reclames eram quase tão esperados quanto os próprios programas em si.
Em outras palavras, sem internet para viralizar, era o famoso “Você viu ontem, o comercial X?” que transformava uma frase de vendedor ou um jingle grudento em febre nacional.
Nesse cenário, os publicitários como Washington Olivetto e Nizan Guanaes deitavam e rolavam, criando campanhas clássicas que misturavam humor, emoção e até um toque de ousadia.
O resultado? Comerciais que não só vendiam produtos, mas também viravam parte do nosso vocabulário e memórias afetivas. Afinal, quem viveu sabe: era impossível escapar de um bordão ou de uma música publicitária que grudava feito chiclete.
Exemplos de Propagandas Criativas dos Anos 90
Chegou a hora da nostalgia boa! Então vamos conferir as peças publicitárias mais geniais da década de 90, quando as propagandas criativas dominaram e mostraram que vender produto podia ser tão divertido quanto assistir ao próprio programa.
1: Comercial do “Não é assim uma Brastemp”
Em 1991, a agência Talent lançou um comercial fora de série que entrou para a história da publicidade brasileira. Sentado no sofá, o vendedor largou a sinceridade como se fosse arma de vendas e criou, sem querer, um dos maiores bordões publicitários do país: “não é assim uma Brastemp”.
Como resultado, a ação de marketing mostrou como um simples slogan pode virar ditado popular, render prêmios aqui no Brasil até conquistar um Leão em Cannes, provando o poder da criatividade.
2: Propaganda da Parmalat com bebês
Em 1996, o Brasil parou diante de uma das propagandas criativas mais marcantes e fofas da década de 90: os famosos bebês vestidos de bichinhos. Elefante, porco, macaco, panda — todos viraram mascotes publicitários, enquanto um jingle chiclete embalava a cena com rimas que grudavam na memória.
Ou seja, simples e genial, a campanha apostou no poder da fofura para emocionar e fidelizar. O sucesso foi tão estrondoso que durou quatro anos e ainda rendeu prêmios à DM9DDB, comandada por Erh Ray e Nizan Guanaes.
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3: Propaganda do tio da Sukita
No finzinho da década, mais especificamente em 99, surgiu outra das propagandas criativas que ficou na cabeça e na boca do povo: o inesquecível Tio da Sukita. Dentro de um elevador, um homem de meia-idade tenta, sem sucesso, conquistar a atenção de uma garota descolada que só queria curtir sua garrafinha pelo canudinho.
A cena termina com a garota dando o corte no tiozão e, logo em seguida, o slogan entra em cena: “Quem bebe Sukita, não engole qualquer coisa”. A sacada foi obra da agência Carillo Pastore Euro RSCG, que cravou seu nome na história da publicidade.
Pois, essa sacada transformou essa em uma das campanhas clássicas, mostrando como uma boa estratégia de marketing pode divertir e conquistar o público jovem.
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4: Comercial do mordomo da Tang
Em pleno safari, uma família viveu uma das cenas mais inusitadas dos comerciais de TV nos anos 90. O menino brincava com uma leoa quando a mãe pediu ajuda ao mordomo: “Jaime, o menino está com sede e não temos laranja”. Sem hesitar, o funcionário abriu o paletó abarrotado de Tang e resolveu o problema na hora.
O detalhe? Até os animais quiseram provar o suco, com direito a chimpanzé roubando o copo. Esse reclame, originalmente mexicano, redublado no Brasil virou pérolas da publicidade, encerrando com o icônico slogan: “Tang, o melhor gostinho da fruta”.
Mas o que marcou mesmo foi: “Jaime, o menino está com sede e não temos laranja”.
5: Propaganda da Tortuguita
Se teve ousadia nos anos 90, nada supera a Tortuguita. Em uma das propagandas criativas mais cruéis e ao mesmo tempo irreverentes, duas tartarugas de chocolate conversam sobre por que suas cabeças não entram no casco.
A versão branca explica que é porque estão cheias de recheio e ainda chama a outra de estúpida. A resposta? A tartaruga normal simplesmente devora a cabeça da colega e confirma: “nossas cabeças são mesmo de chocolate, estúpida”. O público riu, alguns ficaram chocados, mas a F/Nasca entregou uma das peças publicitárias mais comentadas da década.
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Conclusão: O que as Propagandas Criativas dos anos 90 Ainda Ensinam
Em resumo, revisitar as propagandas criativas dos anos 90 é como abrir um baú de memórias cheias de jingles grudentos, bordões inesquecíveis e personagens que viraram parte da cultura popular brasileira.
Mas, além da nostalgia, há lições preciosas para empreendedores: simplicidade vende, emoção conecta, e criatividade gera valor duradouro. Essas campanhas provaram que não é preciso fórmulas mágicas para impactar — basta clareza na mensagem e coragem para ser irreverente.
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