Retrato artístico de um homem de óculos com expressão pensativa, representado em estilo mosaico colorido com tons quentes e frios. A imagem transmite criatividade e reflexão, remetendo à genialidade e à influência do publicitário Washington Olivetto na comunicação e na arte de vender. Logotipo da Zenivox no canto superior esquerdo.

Publicitário Washington Olivetto e a Arte de Vender

Explore a mente do publicitário que ensinou o Brasil a vender com emoção 

Viver nos anos 80 e 90 foi um privilégio. Pois, bastava ligar a TV e esperar o comercial da novela ou do futebol, para dar de cara com o Washington Olivetto. 

Talvez você nem soubesse quem ele era, mas com toda certeza lembra de suas criações: o Garoto da Bombril, o “Primeiro Sutiã” ou o “Sonhos Garoto”. Era a criatividade brasileira em seu estado mais puro. 

Mas, se você não cresceu naquela época, ainda pode se considerar um sortudo. Pois, hoje, o legado desse gênio da comunicação está a um clique de distância — no YouTube, vivo em cada uma das suas peças. 

Neste artigo, você vai entender o que realmente faz do Washington Olivetto um publicitário genial — alguém que não vendia só campanhas, mas entendia as pessoas — e descobrir como curiosidade, ousadia e criatividade podem se tornar armas estratégicas nos negócios. 

O que Faz um Publicitário?   

O publicitário é, antes de tudo, um tradutor da alma humana — alguém que transforma desejos em ideias e ideias em histórias que vendem. Ou seja, ele entende de gente, de emoção e de timing.  

Portanto, mais do que um criador de campanhas, é um estrategista que sabe vender o peixe com verdade e propósito. Usa psicologia, comunicação e sensibilidade para transformar propaganda em conexão — e fazer marcas falarem a mesma língua que o coração do público. 

Washington Olivetto — O Publicitário do Brasil

Homem de terno visto de costas com as mãos erguidas em direção aos logotipos das marcas Bombril, Garoto e Valisere sobre fundo preto. A imagem representa a trajetória de Washington Olivetto, o publicitário brasileiro responsável por algumas das campanhas mais icônicas e criativas do país. Logotipo da Zenivox no canto inferior esquerdo.

E se a publicidade brasileira tivesse uma assinatura, seria a dele. Washington Olivetto colocou suas campanhas na boca do povo, fez as propagandas virarem pautas de conversas do dia a dia e foi um dos poucos capazes de transformar o intervalo comercial em evento nacional com sua ousadia e criatividade.  

Então, vamos ver como tudo isso começou.  

Começo de tudo 

Washington Olivetto se considerava um sortudo. Ele abre seu podcast com uma reflexão que resume sua filosofia de vida: “todo mundo nasce com um talento, mas poucos têm a sorte de descobrir qual é e viver disso.”  

Mas, para ele, sorte não era acaso — era o encontro entre propósito e oportunidade, aquele instante raro em que a vida dá sinal verde e o destino pisa no acelerador. 

Desde pequeno, foi um curioso nato — aprendeu a ler cedo e, com isso, descobriu um amor precoce pelas palavras. O que o motivou a ler mais e por consequência nasceu a vontade de escrever.  

Já na adolescência ele sabia que queria fazer algo que envolvesse a atividade de escrever e o destino deu uma ajuda. Seu pai era vendedor — e dos bons. Representante da Fábrica de Pincéis Tigre, dominava a arte de vender o que acreditava.  

Washington, ao observar aquele talento natural, entendeu que escrever e vender não eram opostos: eram complementares. Dessa forma, nascia ali o comunicador completo, que usaria a palavra não só para emocionar, mas para convencer.  

Como resultado, decidiu cursar Psicologia e Comunicação, equilibrando o estudo da mente humana com o da mensagem perfeita. 

Mas o que realmente o diferenciava era a ousadia. Em 1969, enquanto ainda estudava, o pneu de seu Karmann-Ghia furou na frente da agência HGP Publicidade 

Então, decidiu trocar o pneu depois e foi pedir uma vaga de estagiário. Entrou de tamanco, com seu estilo hippie, e disse ao dono da agência de publicidade: “Hoje é o seu dia de sorte. Me contrate, porque meu pneu não vai furar duas vezes na sua rua”.  

O dono, Juvenal Azevedo, se divertiu com a ousadia daquele jovem confiante — e o contratou na hora. O resto é história.

Slide em fundo preto com o título “Curiosidade: O Dia em que o Corinthians Virou Marca”. O texto narra como Washington Olivetto, nos anos 80, transformou o Corinthians em um símbolo de identidade e propósito por meio da Democracia Corinthiana, movimento que uniu marketing, liberdade e cultura. No centro, a silhueta de uma camiseta com o logotipo “Democracia Corinthiana”. Logotipo da Zenivox no canto inferior esquerdo.

Primeiros passos e ascensão

Olivetto nunca foi movido apenas por status ou salário — o que o guiava era o desejo constante de aprender. Em poucos meses de trabalho, já dominava o ofício e se tornara um publicitário promissor.  

Mas, para alguém com tanta inquietude criativa, a HGP logo ficou pequena. Vieram os convites de grandes agências, e ele escolheu a Lince Propaganda — não pela proposta financeira, mas pela chance de trabalhar ao lado de Sérgio Graciotti, o maior criador da época.  

Em outras palavras, era o início de um verdadeiro aprendizado profissional, onde ele descobriu que sabedoria vale mais que bônus. 

Foi ali que escreveu seu primeiro comercial para a TV, “Pingo”, da Deca, conquistando seu primeiro Leão de Bronze em Cannes. Um prêmio que marcou mais do que uma conquista: selou sua filosofia de que a formação de repertório vem de observar, ouvir e testar sem medo de errar.  

Como resultado, essa curiosidade o levou a agências lendárias como a DPZ, onde aperfeiçoou seu estilo — ousado, humano e profundamente brasileiro — e consolidou sua carreira em agências como um dos criativos mais admirados do país. 

Décadas depois, essa trajetória culminaria na fundação da W/Brasil, em 1986, e da W/McCann, em 2010 — duas potências nascidas da combinação entre estudo, intuição e coragem.  

Enquanto muitos buscavam reconhecimento, Olivetto buscava evolução. E foi justamente essa fome de aprender que o transformou em um dos nomes mais influentes da publicidade mundial.

Washington faleceu em 13 de outubro de 2024, aos 73 anos, em decorrência de uma pneumonia — deixando um legado eterno de criatividade, humor e genialidade.

Slide com fundo dourado e o título “Reconhecimentos que Viraram História”. O texto destaca a trajetória premiada do publicitário  Washington Olivetto, incluindo mais de 50 Leões de Cannes, o Clio de 2001, o título de publicitário do século, o Clio Lifetime Achievement Award (2014) e sua entrada no Creative Hall of Fame em 2015. Logotipo da Zenivox no canto inferior esquerdo.

Fonte: washingtonolivetto.com.br

O que um publicitário estuda?  

Washington Olivetto sempre entendeu que ser bom em publicidade vai muito além de dominar técnicas — é sobre ler o mundo com olhos curiosos. Pois, embora tenha estudado Psicologia e Comunicação, sua verdadeira formação aconteceu fora das salas de aula.  

Ou seja, ele era um observador nato: via histórias onde os outros viam rotina. Fazia do cotidiano seu laboratório de estudo de comportamento, captando gestos, músicas e emoções para transformá-los em narrativas que vendiam sem parecer que estavam vendendo. 

Muitas de suas ideias nasceram de momentos simples — um almoço com amigos, um som ao fundo, um insight inesperado. Campanhas como a da Triton Jeans, inspirada pela música “Rock do Jegue”, ou a do chocolate Garoto, surgida ao som de Frank Sinatra, mostram como seu repertório cultural alimentava uma comunicação persuasiva autêntica.  

Ele provava, na prática, que a criatividade mora onde a atenção encontra o encanto: não apenas em livros, mas em cada detalhe da vida real.

Slide com fundo amarelo e o título “De Inspiração a Homenagem em Ritmo de Samba-Rock”. O texto conta como Jorge Ben Jor homenageou Washington Olivetto e sua agência W/Brasil em 1991 com a música “W/Brasil”, celebrando sua influência criativa na publicidade brasileira. No centro, uma ilustração sutil de um microfone vintage e o logotipo da Zenivox no canto inferior esquerdo.

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Campanhas Mais Icônicas do Washington Olivetto 

Poucos publicitários conseguiram transformar ideias em parte da cultura nacional como Washington Olivetto. Pois, suas campanhas publicitárias marcaram gerações, provaram o poder da emoção e consolidaram sua imagem como verdadeiro gênio da propaganda. 

Valisère (Primeiro Sutiã)  

Considerada uma das campanhas publicitárias mais memoráveis do país, emocionou o público ao retratar com delicadeza o rito de passagem da adolescência. Como resultado, o bordão “O Primeiro Sutiã a Gente Nunca Esquece” consagrou o gênio da propaganda. 

Garoto Bombril 

Com o ator Carlos Moreno, a série se tornou a mais longa da história da publicidade mundial. Por mais de três décadas, o publicitário manteve a marca viva com humor e simplicidade irresistíveis.

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Hitler – Folha de S.Paulo 

Um dos comerciais mais impactantes já criados, mostrou que verdade sem contexto também pode mentir. Com narrativa provocante e execução precisa, o gênio da propaganda transformou ética em arte. 

Sonhos Garoto – Chocolates Garoto

Inspirado na música “I Had the Craziest Dream”, o filme usou o romance juvenil como ponte emocional entre marca e público. Mais uma prova de que o publicitário sabia transformar sentimento em venda. 

A Semana – Revista Época  

Com ritmo envolvente e execução primorosa, marcou o lançamento da revista e conquistou o primeiro Grand Prix brasileiro no Clio Awards — mais um triunfo do gênio da comunicação  em escala global. 

O Que é Preciso Para Ser Publicitário 

Com sua mente inquieta e olhar de cabeça criativa, Olivetto mostrou que um publicitário de verdade não apenas vende produtos — ele cria cultura. Então, a seguir, três lições atemporais para quem deseja transformar ideias em marcas inesquecíveis e fazer da criação de anúncios um ato de arte.  

1: Curiosidade é treino 

Para ele, observar o mundo era um ato profissional. Logo, cada detalhe — uma conversa de bar, um letreiro de rua, uma música antiga — era uma pista para uma nova ideia. Sua curiosidade era seu maior investimento e o segredo da sua originalidade. 

Insight para o leitor: 

  • Treine o olhar: tente entender por que as pessoas fazem o que fazem. 
  • Leia fora da sua bolha. 
  • Busque referências em arte, cinema e cotidiano — não apenas em marketing. 

Em suma, criatividade é conectar o que ninguém conectou ainda. E isso só acontece quando você tem repertório. 

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2: Humor e emoção vendem mais do que lógica 

Olivetto acreditava que emoção e humor são as linguagens mais universais da publicidade. Portanto, seu segredo estava em criar empatia antes de tentar convencer. Ele sabia que o riso aproxima e a leveza abre espaço para a mensagem entrar. 

Lição prática: 

  • Use emoção, não só argumento. 
  • Marcas sérias demais soam distantes. 
  • Quando o público sorri, o cérebro abre espaço para confiar. 

Em síntese, na publicidade ou nas vendas, quem emociona primeiro, convence depois.

Slide em fundo amarelo com o título “Transforme Ideias em Imagens que Falam Sozinhas”. O conteúdo apresenta lições sobre o poder das analogias visuais usadas pelo publicitário  Washington Olivetto, destacando dicas práticas: buscar contraste, contar histórias visuais, evitar o literal e buscar inspiração fora da publicidade. Ao fundo, há uma ilustração sutil de uma lâmpada e um livro abertos. Logotipo da Zenivox no canto inferior esquerdo.

3: Ousadia é método 

Desde o dia em que pediu um estágio por causa de um pneu furado, Olivetto seguiu uma regra simples: coragem é o melhor plano de carreira. Sua trajetória prova que ideias grandes nascem quando se tem coragem de desafiar o óbvio e apostar no inesperado. 

Lição prática: 

  • Teste o inusitado antes do óbvio. 
  • Faça perguntas que desconfortam. 
  • Não espere estar pronto para tentar. 

Em outras palavras, ser ousado é o que diferencia quem cria anúncios de quem cria marcas inesquecíveis. 

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Conclusão: Ser Publicitário é Entender de Gente, Não de Anúncios 

Em resumo, Washington Olivetto provou que ser publicitário é muito mais do que criar anúncios — é entender pessoas, provocar emoções e transformar ideias em cultura.  

Sua trajetória mostra que curiosidade, ousadia e sensibilidade continuam sendo os maiores diferenciais de quem comunica com propósito. Porque, no fim, boas campanhas passam — mas grandes histórias permanecem. 

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